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Editora: LeYa Brasil
Ano: 2010
Páginas: 440
Sinopse: Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.

  Foi ano retrasado. Entrei em uma livraria e reparei num livro em destaque chamado Dragões de Éter — Caçadores de Bruxas, e me surpreendi com o fato de um escritor brasileiro estar figurando no meio de tantos nomes estrangeiros. Na época, eu conhecia poucos autores brasileiros e começava a observar como era difícil encontrar títulos de literatura fantástica nacional nas prateleiras. Eu me lembro de ter dado uma breve folheada no livro, mas apesar de achá-lo interessante, não o levei. Só resolvi adquiri-lo aproveitando uma excelente promoção da Submarino com o box da trilogia. Entretanto, assim como os demais livros da minha estante, esses mofaram algum tempo até que eu finalmente tomasse coragem para abrir o primeiro volume. E o gatilho para essa ação foi um evento do Clube do Livro da Saraiva, no Shopping RioSul, onde estava presente o próprio Raphael Draccon - será esse o nome dele mesmo ou é apenas artístico para combinar com os livros, rsrs? - e outros autores.
Talvez alguns o conheçam devido à indicação da saga As Crônicas de Gelo e Fogo para a editora LeYa (sim, se você é fã da obra de George R. R. Martin agradeça ao Draccon), porém, o autor é um dos expoentes da literatura fantástica nacional e, após eu ter finalizado a leitura de Caçadores de Bruxas, não fiquei surpreso que tenha alcançado esse status, pois ele escreveu uma obra realmente admirável.
É provável que o final da resenha (onde conterá spoilers) saia uma impressão bem informal, além de muito pessoal, de alguns personagens e de outros detalhes do livro. Motivo? É melhor ser o mais natural possível com aquilo que mais gostamos. Muita formalidade reprime as emoções, e eu não faria isso com um livro que tocou meus sentimentos. Por isso, tentarei ser o mais aberto possível.
Então vamos lá. E um. E dois. E três. 


(esse é um booktrailer antigo, da primeira edição lançada em 2007 pela editora Planeta, mas muito bom)

Meu primeiro espanto em relação a Dragões de Éter foram as referências utilizadas pelo autor. Dar uma nova roupagem aos contos de fadas que fascinaram nossas mentes quando crianças, somada às referências de uma das maiores séries dos videogames — Final Fantasy — deixa muito curioso qualquer um que aprecie ambas as alusões. Na orelha do livro, também são mencionadas referências de bandas de rock como Limp Bizkit e Nirvana, mas como não conheço tanto sobre elas, me limitarei a fazer uma análise a respeito da utilização dos contos de fadas e das características que remetem aos games de Final Fantasy.
  Logo no início, o livro nos apresenta uma versão diferente da Chapeuzinho Vermelho, uma adaptação que busca a coerência e os pontos de vistas que uma história infantil procura abster para tentar ensinar alguma moral. Na versão escrita pelo Draccon, esse conto de fadas é explorado e utilizado dentro do contexto do universo criado pelo autor, o mundo de Nova Ether (é, por exemplo, adicionado um nome a essa personagem — Ariane Narin —, já que só conhecemos a Chepeuzinho Vermelho por essa alcunha). Além dela, também temos as histórias de João e Maria, um personagem que é filho do Capitão Gancho, e um anão da Branca de Neve e os Sete Anões. É complicado conceber um universo em que essas quatro referências interajam e se harmonizem de forma coesa. Mas em Nova Ether isso é possível. Trata-se de uma releitura dessas histórias num mundo novo e fantástico, um aproveitamento destes personagens que marcaram nossa infância. Há, por exemplo, o fato do nariz do João apresentar hemorragias em determinados momentos depois que ele e a irmã passaram pelo traumatizante episódio da Casa de Doces, ou então o fato de Zangado, um dos sete anões, ser, na verdade, um Mestre Anão com um poder de luta titânico. É divertido, curioso e empolgante acompanhar tais personagens em novas aventuras. Não chega a ser necessariamente uma fanfic, como alguns podem pensar, pois, embora o autor tenha utilizado figuras conhecidas, ele atribuiu a cada uma delas personalidades cativantes e as usou nas aventuras de Nova Ether, até porque, nos contos de fadas usuais para crianças, não temos um aprofundamento psicológico dos personagens. Em Dragões de Éter temos a chance de conferir um pouco melhor que tipo de pessoas podem ser a Chapeuzinho Vermelho, o João, a Maria e alguns outros. 


 Os “gamers” que já jogaram Final Fantasy devem saber que a sensação de estar controlando os personagens enquanto desbravam um mundo fantástico é quase indescritível. É um dos poucos jogos que me absorve “por inteiro”, como se eu mesmo estivesse dentro daquele universo. É uma magia que nos arrebata pelo cenário magnífico, os personagens carismáticos, o enredo emocionante e bem trabalhado, e muitos outros fatores que fazem deste jogo uma das melhores franquias para consoles.  Em suma, é um jogo que chega a ser poético. Logo, Dragões de Éter não estava sendo presunçoso ou convencido quanto a ter sido influenciado por essa série: a sensação no decorrer da leitura, ao acompanhar a história, traz, por incrível que pareça, uma poesia mágica semelhante a quando se joga um Final Fantasy. Sei que estou sendo muito subjetivo e pessoal, mas é provável que alguns leitores que se tornaram fãs deste livro também tenham sentido a mesma coisa (mas, se por acaso, eu for o único louco, que seja, rsrs). O enredo por trás da criação do universo de Nova Ether assemelha-se a mesma magia encontrada nas teias criativas dos games. Além disso, há uma personagem com o mesmo nome da protagonista de Final Fantasy VI (que coincidentemente estou jogando atualmente).  
No que diz respeito à estrutura, o livro é dividido em três partes: Caçadores de Lobos, Caçadores de Fadas e Caçadores de Bruxas; tal divisão é bem justificada pelos acontecimentos na história. Outra característica interessante são os capítulos: curtos (de menos de uma página a cinco, dependendo da cena), não nomeados, e geralmente terminados em clímax (cliffhanger). Essa armação facilita o trabalho com os diversos núcleos de personagens, que se aproximam no decorrer da história ao tempo que a trama vai se desenvolvendo. Apesar dessa artimanha de fazer o leitor devorar muitas páginas sem perceber, sofri o efeito contrário. Não conseguia ler mais do que vinte páginas de uma vez simplesmente porque não queria que tudo o que aquelas vinte páginas formaram em meu imaginário desse espaço para mais um pouco. Eu queria saborear o que havia lido, tentar alongar o máximo possível a sensação despertada por aquele pedaço de leitura. Isso geralmente acontece quando o livro é muito bom.
O narrador da história não é exatamente aquele tipo onisciente característico. Ele se assemelha a um bardo contando as aventuras que se passam em Nova Ether. Por isso é muito comum que a escrita passeie entre o formal e o informal, às vezes soando natural e livre, como numa conversa, ou despejando frases mais presas e comuns às narrações usuais. Mas a escrita, no geral, predomina uma fluidez e naturalidade que não a torna cansativa. As cenas de luta foram bem descritas, embora gostaria que algumas tivessem sido mais exploradas. O único contra são as repetições de certos detalhes que o leitor já assimilou páginas atrás; o descarte de algumas frases tornaria a leitura mais objetiva. Mas um fato importante a respeito do narrador só será revelado no último capítulo do livro.
Há quem pense que uma história que se passe num universo medieval deva, obrigatoriamente, conter uma linguagem referente à época e desprover de palavras e gírias semelhantes ao nosso tempo. Isso não é verdade, pois, se tal história se passa num universo fictício, este espaço sofreu um desenvolvimento diferente do nosso mundo e, portanto, é plausível e verossímil que tanto o estilo de nossa linguagem quanto ao do mundo criado possa parecer idêntico. É por isso que em Nova Ether os adolescentes falam e se expressam como os adolescentes de nosso mundo (na verdade, há uma razão bem interessante no posfácio). Essa característica contribui também para um diálogo mais forte com a jovem geração hodierna, atraindo-a muito mais facilmente para a leitura. Claro, que esse linguajar mais solto não figura entre os nobres e a família real; reis e príncipes utilizam, a depender da ocasião, falas polidas e requintadas típicas da classe em que estão. 


 Para a minha surpresa, a ilustração do mapa de Nova Ether foi feita pelo Licinio Souza, o mesmo que desenhou os mapas da trilogia Legado Goldshine, escrita pelo Leandro Reis. Aprecio bastante suas ilustrações. 
Além dos personagens de contos de fadas, o livro também conta com os originais da história que são tão carismáticos quanto os emprestados das referências. Um Rei considerado o maior de todos, príncipes, plebeus, ladrões, fadas, bruxas, trolls, piratas e muitas outras figuras (fantásticas ou não) que em poucas páginas conseguem nos atrair a atenção. Acho que nunca gostei de tantos personagens de um mesmo livro, e não só deles, mas também da história e do universo criado pelo Draccon. Sensação parecida com essa eu só havia sentido nas leituras de Harry Potter. Então acho que isso torna Caçadores de Bruxas um dos meus livros de fantasia favoritos.  
Uma das qualidades de Dragões de Éter, e talvez o seu maior diferencial em relação às outras obras fantásticas que eu já tenha lido, seja a presença de diálogos sutis com a realidade de nosso tempo. Isso me faz pensar naquelas pessoas que pensam que uma história de Fantasia é simplesmente um devaneio que acabará no momento em que a última frase do livro for lida, quando, na verdade, é justamente o contrário, pois uma história fantástica está muito longe de ser um devaneio, ela é, para mim, uma profunda imersão além do comum, para o reino dos sentimentos, para o interior da vida, e também um reflexo do mundo em que estamos.
Um exemplo interessante pode ser verificado na seguinte passagem do livro:
“O que acontece é que o que estou dizendo está escrito em qualquer livro histórico da Biblioteca Real dessa cidade; basta apenas folhear nas prateleiras corretas, o que já seria algo raro, já que hoje em dia está tão difícil ver os jovens folheando até mesmo as prateleiras erradas.”
Isso não me é estranho. Também tenho essa impressão no país onde vivo. Mas tenho esperança que, um dia, os jovens procurarão livros em qualquer prateleira. (Na verdade, a situação já está começando a mudar).
Além da ilustração acima, o livro é recheado de alusões reflexivas a nossa realidade, ponderações filosóficas e, claro, se as referências provêm da cultura pop, não poderia faltar uma menção bem explícita:
“Ele não escondera o rosto por debaixo do capuz, estava apenas se protegendo do frio que dizia sentir, nem dissera que seu nome era “Mitkov”, “Aragorn” ou, sei lá, “Luke”!”.
Enfim, Dragões de Éter — Caçadores de Bruxas é um livro divertido e ao mesmo tempo reflexivo (principalmente em relação à ignorância do Homem), com uma história cativante, personagens interessantes e diversas referências contemporâneas. 

 Contém spoilers!
  Irei citar alguns preferidos e falar um pouco do motivo deles terem me agradado. E um. E dois. E três.
O protagonista Axel Branford — eu não deveria chamá-lo exatamente de protagonista, já que muitos personagens tiveram papéis decisivos na história de uma forma que um não ficasse numa posição muito privilegiada em relação ao outro no que diz respeito a sua importância na trama — é o tipo de príncipe que cativa por sua virtude; alguém que não é aquele herói que carrega a fama de ser o mais forte da história (pois cada personagem tem características de combates distintas e, no caso de Axel, é habilidoso no pugilismo) e que resolverá todos os problemas. Ele conta com várias ajudas e passa por diversas provações, e talvez seja daí que provém minha identificação com o personagem, pois isso o torna mais humano e mais próximo de nós. 
Enquanto que na primeira metade da história acabamos por simpatizar com o segundo príncipe de Arzallum, surge Anísio, na iminente forma de um sapo, e tenho a impressão de que se ele fosse apresentado em sua forma humana, talvez tivesse se tornado um personagem de última hora querendo ganhar alguma importância. Apesar das desvantagens (tinha algumas conveniências também, pra variar) de ser tragado por uma pele de sapo, mesmo envergonhado por sua aparência, ele se portou como uma figura real quando realmente foi necessário. Um ótimo exemplo disso foi quando ele soube onde a princesa Coração de Neve estava sendo mantida. Ele simplesmente moveu-se pela cidade e pelos túneis querendo encontrar a pessoa que amava. Tais ações foram suficientes para que eu o admirasse. Ademais, a interação entre os dois irmãos me pareceu bem desenvolvida, natural, exalando uma vistosa fraternidade. 
Agora que falei dos príncipes, hora de falar do Rei. Primo me pareceu um personagem bem imponente, ou pelo menos no começo foi assim, pois confesso que senti um enorme gosto ao vê-lo afundando cada vez mais num poço que parecia não ter fundo (não estou sendo cruel nem nada, mas quando um Rei começa a ficar enviesado e furioso, é sinal de que a história começará a ficar tensa, rsrs). Porém, confesso que depois dessa minha torcida pela insanidade do Rei, comecei a me emocionar com sua resignação, sobretudo depois que ele soube a verdade por trás da Caça às Bruxas. Aliás, aquela cena dele relembrando os erros do passado foi a melhor passagem do livro, um momento em que a leitura eleva seu espírito ao êxtase e te joga literalmente dentro das páginas para você SENTIR a emoção da história. 
Deixando o Rei e partindo para a Rainha (escrita com R), ela não aparentava ter uma importância tão grande no começo do livro (tudo bem, ela era uma Fada, então claro que se tornaria alguém importante na trama), mas Terra Branford só passou da posição passiva para a ativa no final da história, quando provavelmente nenhum dos personagens esperaria uma manifestação tão divina. Há um aspecto feminista envolvendo tal personagem (como também na parte em que é explicado que a imagem do Criador também pode ser a de uma Criadora), e isso é evidenciado claramente na “r”ainha do início para a “R”ainha no final.
 Ainda no grupo feminino, a Maria Hanson provou-se ser uma das poucas garotas adolescentes (ou talvez a única), pelo menos dentre as que foram apresentadas, pela qual eu me apaixonaria. Não, isso não é uma declaração de amor, hehe. Mas se ela é uma das poucas que frequenta uma biblioteca por gosto então ficaria  complicado ser feliz em Andreanne (muito melhor que uma garota que amostra os seios para chamar a atenção de um príncipe, haha). Além do mais, ela é uma jovem “direita”, esforçada e muito inteligente (parte da minha vida se identificou com ela). 
E temos a pequena Ariane Narin, a nossa Chapeuzinho Vermelho — que odeia esse apelido —, e que ganhou uma importância além do que eu imaginava. Certamente é uma das personagens mais promissoras da série, e como ela apenas “iniciou” seu papel nessa história, creio que o protagonismo lhe cairá nos volumes seguintes. 
E o namorado dela, o João Hanson, também possui lá o seu carisma com o seu jeito divertido e super-protetor em relação à irmã e suas reclamações sobre os gritos de Ariane quando estão na presença de Axel (bom, se eu fosse ele também faria o mesmo). 
Também gostei muito do Caçador. Fez poucas aparições. A primeira, salvando Ariane, a segunda se encontrando com ela (cena que achei muito legal), e a terceira salvando não apenas a menina, mas também a mãe dela de soldados (encaixe aqui uma seleção de adjetivos torpes). 
O Sabino é um ótimo professor e personagem, seu jeito dedutivo é elegante, sobretudo quando quer deixar embaraçado um bando de nobres conselheiros que gostam de matutar teorias e mais teorias (aliás, o mundo está mesmo cheio de gente teórica, não é? Às vezes, sinto a falta de um Sabino para pensar e colocar as coisas em prática). 
Snail foi aquele personagem de aspecto cinzento que temos de ler até o final para ver em qual lado ele irá colocar os dois pés. Felizmente, para a maioria dos personagens da história, escolheu o lado “do Bem”, caso contrário, muitas mortes teriam ocorrido e todos os meus personagens preferidos provavelmente não estariam mais vivos para um segundo volume. 
E falando em morte, a Beanshee foi uma criação interessante, pondo uma tensão máxima na trama, pois a provável morte de um personagem é algo que mexe com qualquer leitor. Vê-la passeando pelas páginas deixa a história muito mais emocionante. 
E agora falando sobre os vilões, o Jamil foi só um antagonista menor (ou nem tanto), embora tenha esbanjado altivez e imponência. Suas características realmente demonstravam ser mesmo o filho do Capitão Gancho (mesmo que a cena que eu mais tenha gostado com ele tenha sido quando o Snail o enganou, hehe). Uma vilã mesmo de colocar medo foi a Bruxa Babau, que eu nunca imaginaria estar escondida sob o lugar mais puro da cidade. No meio da história eu andei me perguntando se ela não iria realmente aparecer; e achei que ficou ótima a aparição dela na parte final do livro. Bom, agora só resta a Bruja, mas nem sei o que posso falar dela por enquanto, pois não tenho dúvidas de que irá aparecer nos volumes seguintes.


4 comentários:

Licínio Souza disse...

bacana!

senti falta dos botoes para redes sociais, para poder facilitar o compartilhar a postagem =]

Luiz Fernando Teodosio disse...

Obrigado pelo toque, Licínio. Eu já tentei inserir os botões uma vez, mas parece que o template não aceita alguns códigos de compartilhamento.

Mas já arrumei um que basta inseri-lo na postagem. ;)

Abraços.

Srta Plens disse...

Isso sim é uma resenha, o resto é balela!
Eu já estava com vontade de ler Dragões de Éter agora estou alucinada para ler. hehehe.
Teve uma parte da resenha que você disse: Isso me faz pensar naquelas pessoas que pensam que uma história de Fantasia é simplesmente um devaneio que acabará no momento em que a última frase do livro for lida, quando, na verdade, é justamente o contrário, pois uma história fantástica está muito longe de ser um devaneio, ela é, para mim, uma profunda imersão além do comum, para o reino dos sentimentos, para o interior da vida, e também um reflexo do mundo em que estamos.
Eu me identifiquei totalmente, é exatamente isso que eu penso. Muitas vezes os livros de fantasias me fazem refletir mais sobre o mundo real que um livro não-fictício.

Luiz Fernando Teodosio disse...

Tenho certeza que eu, você e um monte de pessoas pensam o mesmo a respeito dos livros de fantasia. ^^

Eu recomendo muito a leitura de Dragões de Éter. No momento, estou lendo o segundo volume, e certamente postarei uma resenha dele lá pelo meio do mês.