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Após o primeiro Boom de animes no Brasil, em que Sant Seiya (conhecido por todos como Cavaleiros dos Zodíacos) foi o pioneiro, Dragon Ball Z conseguiu, anos mais tarde, tanta fama quanto o primeiro. Apesar dos defensores de Atena terem renome aqui no país, Saint Seiya não é tão aclamado no Japão, o que não se pode dizer o mesmo quanto aos guerreiros Z, que fazem um sucesso estrondoso mesmo quase duas décadas após o fim do mangá.
Sucesso este que foi o suficiente para ser lançado um remake de Dragon Ball Z, intitulado Dragon Ball Kai. Na época, muitos pensaram que o anime antigo seria refeito aos moldes de traços mais trabalhados, porém, apenas alguns trechos foram melhorados (não muitos, pra dizer a verdade). Além disso, as vozes foram totalmente redubladas e a trilha sonora alterada. A idéia era contar todo o enredo de Dragon Ball Z, que continha ao todo 250 episódios, em apenas 100.
Não era impossível, uma vez que Dragon Ball Z tinha uma enormidade de fillers. No final, foram exibidos 97 episódios até a saga Cell. Sinceramente, não vejo nada de interessante na fase Boo, sempre vi Dragon Ball com um final perfeito na saga do Cell. Não tenho certeza se foi devido a um processo contra a Toei Animation de que ela estaria utilizando indevidamente músicas no anime, e que por conta disso os dois últimos episódios contaram com a trilha sonora da versão Z (que é muito melhor que a do Kai mesmo), mas ficou realmente até a saga Cell.
Acho que pode agradar os fãs da série, pois conta toda a história de maneira rápida e objetiva. Por exemplo, aquela quase infindável batalha entre Goku e Freeza durante a iminente explosão do planeta Namek, que explodiria em cinco minutos sendo que eles ficaram quase duas horas na porrada, foi bastante reduzida (ainda assim deu muito mais que cinco minutos, rsrs). Por outro lado, foi retalhada aqueles longos fillers dos treinamentos para combater os Sayajins que chegariam à Terra; o desenrolar dos acontecimentos no planeta Namek foi mais objetivo; nenhum filler de Garlick Jr. antes do Freeza aparecer na Terra. Na saga dos androides, talvez, não chegaram a cortar tanto.
No saldo final, vale a pena assistir, não apenas por não ter fillers, mas também para conferir as vozes originais japonesas que são bem diferentes das do Brasil. Eu ainda acho que o Goku tem voz de caipira(rsrs), embora combine mesmo com ele, já que o personagem não é nada civilizado e viveu a infância toda na selva (dá pra acreditar que o Goku tinha 14 anos quando apareceu pela primeira vez?) Os japoneses entendem mais do que ninguém as vozes de seus personagens, mas eu não trocaria a ótima dublagem brasileira (foi-se os tempos dos animes bem dublados) pelas vozes japonesas.
Eu não conferi muito bem a versão Kai que está passando no Cartoon Network, mas a maioria dos dubladores não me agradou; deveria ser exatamente os mesmos do Z. O único ponto positivo é que eles utilizaram a trilha sonora de Dragon Ball Z ao invés da do Kai.
Para os que desejam reviver os bons tempos de Goku e seus amigos, Dragon Ball Kai é uma interessante opção.

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