Editora: Ideia
Ano: 2011
Páginas: 472
Sinopse: Enelock, último livro da trilogia Legado Goldshine, traz o grande
desfecho desta aventura épica, revelando os segredos de todos, inimigos
ou aliados, o que fará com que nossos heróis mudem o seu modo de pensar
para sempre.
Em Lemurian, a cidade invertida, Iallanara Nindra aprimora seus
conhecimentos e enfrenta os seus maiores desafios antes de se tornar uma
verdadeira maga.
A guerra enfraquece o reino de Galagah, enquanto seu regente só encontra
recusas nos pedidos de auxílios aos seus aliados. Pistas sobre o
paradeiro da terceira criança não surgem desta vez, e a princesa Galatea
parte, junto dos companheiros, em busca de aliados para realizar o
maior feito de sua Era: invadir o reino do temido Enelock.
O Lorde Supremo dos Mortos os espera, paciente, aguardando que seus
inimigos caiam em sua trama mortal: um ardil que enterrará para sempre o
sangue dourado e completará sua vingança secular contra os filhos de
Galagah.
A batalha final se aproxima, feroz e cruel, decidida a ceifar a
esperança do mundo, e ela ocorre no reino onde tudo começou, no berço de
seus maiores filhos e de nossos mais queridos heróis.
Contém spoilers!
Já não me recordo qual foi a primeira vez que me deparei com o Legado Goldshine, uma trilogia de fantasia épica — Filhos de Galagah, O Senhor das Sombras, Enelock —, escrita pelo Leandro Reis. Certamente na divulgação de algum blog literário ou rede social, já que a internet é a principal arma que os escritores brasileiros dispõem para divulgarem seus livros. Sem dúvida alguma, no caso do Leandro, o que me cativou foi o zelo que autor tem pelo seu trabalho, não medindo esforços para dar ao leitor booktrailers impressionantes e um conteúdo extra do mundo de Grinmelken — mundo fictício onde se passa a história — em seu blog. Sinceramente, acho que isso fez toda a diferença para que o autor pudesse concretizar este trabalho, pois se levarmos em conta as inúmeras escolhas que o leitor tem diante de um mercado estrangeiro ainda dominante e uma produção nacional que aos poucos vem ganhando força, não é qualquer livro, quanto mais uma trilogia, que consegue se sobressair.
Já não me recordo qual foi a primeira vez que me deparei com o Legado Goldshine, uma trilogia de fantasia épica — Filhos de Galagah, O Senhor das Sombras, Enelock —, escrita pelo Leandro Reis. Certamente na divulgação de algum blog literário ou rede social, já que a internet é a principal arma que os escritores brasileiros dispõem para divulgarem seus livros. Sem dúvida alguma, no caso do Leandro, o que me cativou foi o zelo que autor tem pelo seu trabalho, não medindo esforços para dar ao leitor booktrailers impressionantes e um conteúdo extra do mundo de Grinmelken — mundo fictício onde se passa a história — em seu blog. Sinceramente, acho que isso fez toda a diferença para que o autor pudesse concretizar este trabalho, pois se levarmos em conta as inúmeras escolhas que o leitor tem diante de um mercado estrangeiro ainda dominante e uma produção nacional que aos poucos vem ganhando força, não é qualquer livro, quanto mais uma trilogia, que consegue se sobressair.
E
por falar em destaque, o booktrailer de Enelock
— com ilustrações do Licinio Souza e animação gráfica de Leonardo Reis — me
arrepiou quando foi lançado, e, pela primeira vez, fiquei no aguardo de um
livro brazuca. Só o demorei a ler porque tenho uma lista muito grande de
livros, além de ser um leitor muito devagar; mas isso é outra história, rsrs.
O
terceiro volume foi muito maior que seus antecessores em todos os aspectos:
número de páginas, desenvolvimento da história, número de personagens, cenas de
ação, melhor escrita… menos na capa (prefiro a do Senhor das Sombras). E comparando Filhos de Galagah, o primeiro volume da trilogia, com Enelock, é possível observar uma melhora
não apenas na narrativa, mas também no desenvolvimento da trama.
Para uma fantasia épica, não faltaram batalhas mortais, espadas colidindo, saraivada de flechas e muita magia. O autor conseguiu utilizar muito bem as palavras para descrever algumas minúcias que tornaram as cenas ainda mais fortes, principalmente em relação aos estados físicos dos personagens. Somado a essa característica, as descrições dos ambientes mais sombrios também é outro ponto forte do Leandro, principalmente quando a narração está em Ars Nibul e no temível exército de Enelock — a melhor cena neste quesito é a primeira apresentação de Enelock ao seu exército, se não me engano, quando a etimologia do lugar “Ars Nibul” é revelada. Entretanto, o autor não é tão obscuro assim e consegue equilibrar suas habilidades descritivas quando se trata de representar a luz de Galatea e tudo relacionado à Radrak.
Para uma fantasia épica, não faltaram batalhas mortais, espadas colidindo, saraivada de flechas e muita magia. O autor conseguiu utilizar muito bem as palavras para descrever algumas minúcias que tornaram as cenas ainda mais fortes, principalmente em relação aos estados físicos dos personagens. Somado a essa característica, as descrições dos ambientes mais sombrios também é outro ponto forte do Leandro, principalmente quando a narração está em Ars Nibul e no temível exército de Enelock — a melhor cena neste quesito é a primeira apresentação de Enelock ao seu exército, se não me engano, quando a etimologia do lugar “Ars Nibul” é revelada. Entretanto, o autor não é tão obscuro assim e consegue equilibrar suas habilidades descritivas quando se trata de representar a luz de Galatea e tudo relacionado à Radrak.
Ao
longo dos livros, o número de personagens veio aumentando significativamente
conforme os nomes principais da história foram explorando o universo de
Grinmelken — sendo que o enredo Goldshine passa-se apenas num continente.
Particularmente, sinto-me desconfortável com a inserção de personagens planos
que apenas auxiliam os principais e pouco demonstram quem eles são de verdade. E
em Enelock, pela própria demanda do enredo que se direcionava para uma guerra,
entraram diversos personagens. No princípio, fiquei um pouco desnorteado com
tanta gente aparecendo, mas conforme a história foi caminhando, a partir das
batalhas e dos diálogos de estratégias de combate, foi possível familiarizar-se,
em nível de autoridade, com a maioria deles; embora alguns tenham mostrado seus
lados pessoais durante a guerra. Pelo movimento da trama, felizmente, boa parte
destes personagens foi razoavelmente aproveitada, e a história não se saiu
totalmente sendo uma guerra com gente aleatória. Mas por outro lado, com a
convergência de personagens de diversos reis, foi mostrado um pouco mais acerca
dos outros deuses que complementam o mundo de Grinmelken.
Acerca dos principais, acho que três personagens se destacaram neste último livro: Galatea (é claro), Iallanara (minha preferida) e o Gawyn (ele já não é somente o cara que faz piadas). No primeiro livro, a protagonista era uma heroína ingênua, no segundo, sofrera algumas transformações parciais, e no terceiro, finalmente ganhou uma personalidade mais sólida e respeitável, apesar de todas as dificuldades pelas quais passou. De princesa a Rainha, lutando bravamente, inspirando o exército de Galagah e da União das Espadas, ela finalmente se tornou alguém forte e cativante: excelente evolução de personagem. Mas curiosamente, a imagem de Galatea, por mais que brilhe como o Sol, não consegue ofuscar o brilho ruivo de Iallanara, que ao lado da princesa/Rainha de Galagah, apresentou uma evolução maior até do que a protagonista, ou pelo menos mais cativante.
Se lá no começo da história temos a Bruxa Vermelha como uma mulher arisca, solitária, submissa e aprendiz de magia negra, agora temos a Vitória Escarlate, uma mulher afetuosa, companheira, incrível usuária de muitos tipos de magia, e livre até mesmo para se apaixonar (minto, ela ainda guarda aquela personalidade esquiva que todos conhecem, hehe). E para a minha surpresa, o Gawyn ganhou mais holofotes do que eu imaginava, não sendo apenas o responsável pela descontração cômica da série, mas como indivíduo presentes nos momentos difíceis, principalmente em sua relação com Galatea, mostrando-se quase como um irmão para ela. O melhor de tudo foi ainda saber que o elfo tinha um filho(malandro), rsrs. Há outros personagens que figuram de forma interessante na história, como o Audrin, que se tornou um Campeão, e o príncipe Thomas, que foi libertado pela irmã(?) e conseguiu ao fim da história uma posição de prestígio.
Durante a leitura fiquei imaginando quem morreria e quem sobreviveria. Felizmente, nenhum daqueles que gostaria que não morressem receberam o toque de Amupherus. A morte do Airon foi a mais cruel e trágica de todas; a Helena — imaginei que ela morreria — faleceu, digamos, belamente; e o Seph foi um pouco chocante, pois acreditei que já àquela altura da história ele sobreviveria ao lado do Gawyn. Outra morte, aliás, cena bem marcante, foi a Iallanara vendo o corpo do Aloudos e retirando as runas de si.
Acerca dos principais, acho que três personagens se destacaram neste último livro: Galatea (é claro), Iallanara (minha preferida) e o Gawyn (ele já não é somente o cara que faz piadas). No primeiro livro, a protagonista era uma heroína ingênua, no segundo, sofrera algumas transformações parciais, e no terceiro, finalmente ganhou uma personalidade mais sólida e respeitável, apesar de todas as dificuldades pelas quais passou. De princesa a Rainha, lutando bravamente, inspirando o exército de Galagah e da União das Espadas, ela finalmente se tornou alguém forte e cativante: excelente evolução de personagem. Mas curiosamente, a imagem de Galatea, por mais que brilhe como o Sol, não consegue ofuscar o brilho ruivo de Iallanara, que ao lado da princesa/Rainha de Galagah, apresentou uma evolução maior até do que a protagonista, ou pelo menos mais cativante.
Se lá no começo da história temos a Bruxa Vermelha como uma mulher arisca, solitária, submissa e aprendiz de magia negra, agora temos a Vitória Escarlate, uma mulher afetuosa, companheira, incrível usuária de muitos tipos de magia, e livre até mesmo para se apaixonar (minto, ela ainda guarda aquela personalidade esquiva que todos conhecem, hehe). E para a minha surpresa, o Gawyn ganhou mais holofotes do que eu imaginava, não sendo apenas o responsável pela descontração cômica da série, mas como indivíduo presentes nos momentos difíceis, principalmente em sua relação com Galatea, mostrando-se quase como um irmão para ela. O melhor de tudo foi ainda saber que o elfo tinha um filho(malandro), rsrs. Há outros personagens que figuram de forma interessante na história, como o Audrin, que se tornou um Campeão, e o príncipe Thomas, que foi libertado pela irmã(?) e conseguiu ao fim da história uma posição de prestígio.
Durante a leitura fiquei imaginando quem morreria e quem sobreviveria. Felizmente, nenhum daqueles que gostaria que não morressem receberam o toque de Amupherus. A morte do Airon foi a mais cruel e trágica de todas; a Helena — imaginei que ela morreria — faleceu, digamos, belamente; e o Seph foi um pouco chocante, pois acreditei que já àquela altura da história ele sobreviveria ao lado do Gawyn. Outra morte, aliás, cena bem marcante, foi a Iallanara vendo o corpo do Aloudos e retirando as runas de si.
E
por falar em Jaslaran, é uma pena que um lugar tão interessante não tenha
aparecido antes na série. Mas pelo o que deu a entender ao fim do livro, os
magos de Jaslaran ainda aparecerão em alguma outra história de Grinmelken,
assim com Luminatrun em sua cidade voadora, Lemurian. Essa é uma narrativa que
eu realmente gostaria de ver, ainda mais se a Iallanara aparecer de novo, rsrs.
Aliás, pelas pontas soltas deixadas pelo Leandro, ele ainda tem muito pano pra
manga no mundo de Grinmelken.
Quanto
ao “prepare-se para ser surpreendido” na contra-capa, realmente o final foi
inesperado, demonstrando que mesmo após a queda de Enelock, a história ainda
tinha um trunfo para arrebatar o leitor.
O Legado Goldshine foi a primeira saga brasileira que termino de ler, e não me decepcionei; uma ótima fantasia épica bem trabalhada pelo Leandro Reis (veja a foto ao lado). Sim, ele parece novo, mas na verdade, carrega 32 anos neste rosto de 22. Suspeito que ele tenha achado um fonte de elixir em São José dos Campos, cidade onde mora; ou ainda que tenha imergido literalmente em Grinmelken, visitado Jaslaran, e lá tenha aprendido alguma magia de rejuvenescimento para então retornar ao nosso mundo. Bom, o importante mesmo é que em breve o Leandro estará presenteando os leitores com novas histórias deste estilo. Serão muito bem-vindas.
O Legado Goldshine foi a primeira saga brasileira que termino de ler, e não me decepcionei; uma ótima fantasia épica bem trabalhada pelo Leandro Reis (veja a foto ao lado). Sim, ele parece novo, mas na verdade, carrega 32 anos neste rosto de 22. Suspeito que ele tenha achado um fonte de elixir em São José dos Campos, cidade onde mora; ou ainda que tenha imergido literalmente em Grinmelken, visitado Jaslaran, e lá tenha aprendido alguma magia de rejuvenescimento para então retornar ao nosso mundo. Bom, o importante mesmo é que em breve o Leandro estará presenteando os leitores com novas histórias deste estilo. Serão muito bem-vindas.
2 comentários:
legal a resenha = )
só acho q devia colocar assim no começo "cuidado, spoilers menores!"
=)
Parabéns e, espero q esteja se preparando para o Garras de Grifo!
Uma baita resenha.. bah bem interessante... gostei demais e fiquei curiosa pelo livro..
bueno eu li dois blogs teus, agora não sei qual deles eu sigo Oo....
Parabéns pela resenha... está perfeita!
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