Esta série começará com o prólogo da primeira parte do Volume 00. Devo dizer que este Volume 00 será dividido em 3 partes, ou seja, serão 3 livros; e bem grossos por sinal, formando assim uma trilogia. O termo Volume 00 ainda é temporário servindo apenas para designar um tipo de início nas tramas que sucederão ao longo do enredo. Logo, é capaz do subtítulo ser alterado ao término do primeiro livro.
Boa leitura.
O mesmo vento que faz meus fios de cabelos se aventarem é o mesmo que faz as nuvens enegrecidas se moverem ao fim do horizonte. Tal panorama no firmamento já estava se tornando muito comum na maioria das regiões do mundo. Aqui também não seria diferente.
O pano obscuro veluda o manto azul cada vez menos freqüente nos dias atuais, e traz a sensação fria e tenebrosa da noite para o temor e medo daqueles que estão em terra. E a possibilidade mais assustadora é que a luz do dia seja delida para sempre.
Por isso, fecho meus olhos e sinto o que o vento que acomete meu rosto vem me trazer. Eu posso sentir... os gritos, o medo, o terror, e a morte. O mundo está sendo devastado.
Atração. Este mundo poder ser visto como uma grande atração que nos mantém entretidos enquanto somos espectadores e também atores. Observar e participar são uma função irrefutável de cada ser vivo. E até quando um ser morre, ele ainda participa mesmo com sua mente inexistente no Plano Real, pois sua existência deixara uma marca que influenciou o que deve ser influenciado.
Talvez, de todos os indivíduos, eu sou o espectador e o ator mais influente deste mundo. O chamado Oráculo.
Já faz alguns meses, e o mundo segue num cenário bem tenso. A eterna luta do Bem contra o Mal se intensificou, e muitas batalhas ocorrem simultaneamente de norte a sul, e de leste a oeste. A Energia Benigna tenta resistir à investida esmagadora da Energia Maligna. Pode-se dizer que é algo repetitivo, uma batalha entre essas duas Energias, mas embora seja a mesma luta, o contexto sempre é diferente. O desenvolvimento desta guerra, as histórias daqueles que participam desta batalha, são responsáveis por nunca a deixar ser a mesma de sempre. Afinal, aqueles que fazem a história do mundo, são os que vivem nele.
É o ano de 1460 do Terceiro Tempo. O fator marcante deste período, apesar de recheado de muitos outros fatos interessantes e relevantes, não é mais atuante do que a supremacia de uma raça: os Magos.
Dito como Conhecedores do Bem e do Mal, Protetores da Paz, e Guardiões do Bem, os Magos são os responsáveis por “administrar” o mundo atual. Apesar da quase totalidade que habitam as terras ser pertencentes a Homens, e em minoria, algumas outras raças, os Magos, que também assim como os últimos são em menor quantidade, detém respeito e receio de todos os indivíduos do planeta. A missão argumentada por eles de sustentarem um mundo de paz atraí facilmente os inúmeros povos distintos que procuram pelo mesmo destino pacifico.
Entretanto, não é fácil criar um mundo ideal quando a Energia Maligna presente em todas as pessoas sobrepõe os desejos de paz. Unificar os almejos e o sentido de existência de cada indivíduo dentro de um contexto dito harmonioso e pacífico é algo praticamente impossível de tão difícil que é para ocorrer. Em toda a história do mundo nada parecido existiu, provavelmente.
Um desejo de paz mundial também não passa de uma ambição, assim como outras ambições até mesmo contrárias a essa. A Energia Benigna guia o anseio dos Magos, que lutam contra a Energia Maligna, o oposto de tudo o que eles querem, e aquilo que desejam eliminar para trazer apenas uma hegemonia sobre o mundo.
É por isso que estão em guerra, Energia Benigna e Maligna, buscando seus verdadeiros sentidos. Certas pessoas não concordam que o sentido de ambas as Energias sejam conviverem num âmbito de hostilidade eterna. Afinal, esse duelo infindo é tudo do que o mundo precisa para andar.
A Guerra das Energias, como ficou conhecida por tomar proporções tão gigantescas, encontra-se em seu clímax. Mais raças e povos são dizimados pelo Exército Espectral, uma legião de seres nascidos da Energia Maligna proveniente de todas as pessoas. É irônico pensar como tal coisa retornou para elas de forma tão trágica. Aqueles que fazem o mal, também o recebem, e aqueles que não o fizeram, vivem o bastante para vê-lo antes de morrer.
A injustiça não escolhe, é simplesmente dominada pelo acaso. Com o mal arrasando o mundo e causando temor em todos os seres, não há ninguém que consiga escapar do medo.
O exército de Espectros é comandado por seres dotados da mais alta Energia Maligna. Um deles jaz na maior parte do tempo em seu próprio território, o lugar onde a Energia Maligna se acumula no planeta. A região chamada Dhakor, na Linguagem Obscura, ou Território Negro, na linguagem habitual.
E muito além das inúmeras batalhas que ocorriam em outros pontos do mundo, é neste lugar que o destino de todos pode mudar. Tudo está nas mãos de um jovem Mago chamado: Aron Hauker.
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3 comentários:
Prólogo interessante..
Em primeira pessoa, na verdade, um verdadeiro discurso, quase uma aula. Passou de forma excelente a mensagem que queria passar.
Agora, me tira uma dúvida: os textos do blog antigo, do Volume 01, se passam depois do que será contado nesse blog certo? Ou terei que ler primeiro aquele blog para entender esta história?
Eh, eu quis dar uma requintada nos meus prólogos. Achei que um personagem introduzindo a história sob seu ponto de vista daria um toque original à história. O mesmo será com o epílogo.
Quanto a sua dúvida sobre o blog antigo. Não, não é preciso ler aquele volume 01, que era o mesmo que você vinha lendo lá no Nyah. Os textos que estão lá, cronologicamente falando, vem muito depois do tempo do volume 00, como você suspeitou. Portanto, fique tranquilo, e deixe aquele blog de lado, já que o verdadeiro inicio da história está neste blog aqui.
Obrigado pela leitura.
Olá Luiz! Sou nova pelo seu blog, e acabei de ler o Prólogo da história. Adorei a escrita e achei muito interessante a forma como você utiliza as frases. Também escrevo, se quiser visitar meu blog, esteja à vontade!
Acompanharei a história conforme o tempo me permitir!
Abraços,
Lilith.
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