Compartilhe

Aproveitando o feriado e lançando o capítulo 3 adiantado.

Como perceberam, o título da postagem mudou. O que acontece é que reestruturei a série, e agora o Livro I se chamará "A Guerra das Energias". No próximo post trarei todos os detalhes. Por hora, fiquem com o novo capítulo abaixo.





   Uma brisa frígida soprou contra o rosto de Aron quando seus olhos incidiram sobre aquele homem. Um encontro inimaginável.

– Você é... Taylor Ferews – pronunciou Aron, perante o Mago Negro mais procurado da atualidade.

  Taylor tinha olhos escarlates e penetrantes, comprovando o quanto da vida aquele olhar já presenciara. Transpassava a imagem de um sábio, porém, ao mesmo tempo, com uma certa altivez para com alguns. Possuía cabelos alaranjados e oleosos que pareciam ser longos, já que a parte de trás se ocultava dentro da capa; ainda havia duas pequenas madeixas em cada lado da testa. Apesar de ter uma idade avançada, aparentava ter menos do que quarenta anos.

  O jovem ainda não acreditava que tal pessoa estava realmente diante dele. Ele conhecia tão bem aquela face abominável que uma dor penosa e profunda se ramificou em seu peito. Mergulhando nos olhos rubros do Mago Negro, ele podia divisar o sangue derramado em suas lembranças. Aquele homem era o responsável pela morte de muitas pessoas queridas, mas duas delas, pessoas marcantes, ele em hipótese alguma, esqueceria.

  Rápidas imagens arrasaram sua mente, aflorando lembranças angustiantes.




Uma voz clamava por ajuda. A vida de uma garota dependia disso. Sua voz reverbava intensamente, denunciando um desejo desesperado de continuar vivendo, como se aquela morte fosse algo extremamente cruel para ela. “SOCORRO! POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDE! ALGUÉM, EU IMPLORO! ME SALVE! EU NÃO QUERO MORRER! ALGUÉEMM! NÃÃÃÃOO!

   Aron podia escutar a jovem Mirella gritando por ajuda. O único naquela ocasião que poderia ajudá-la era apenas ele. A sua melhor amiga estava prestes a ser morta, e ele tinha de fazer alguma coisa. A Maga, deitada, sem nenhuma chance de sair de uma situação mortal só podia esperar por um milagre. Só podia esperar por Aron Hauker.


   Após o sorriso cruel de uma pessoa, porém, tal milagre não ocorreu ou se mexeu, e o que se sucedeu, foi a visão trágica do jovem Hauker: um rio de sangue.

  Mirella Breynes, sua melhor amiga desde a infância, uma pessoa próxima e carinhosa. Apesar de ter sido assassinada por Taylor, sentia-se culpado por sua impotência de não ter evitado tal tragédia no passado.




Aquele âmbito escuro fora palco do final de uma luta predestinada. E Aron Hauker caminhava por aquele recinto, esperando encontrar uma pessoa querida, um dos combatentes, seu mestre Roland.


   Encontrou-o. Entretanto, uma gota de sangue tornou-se a memória mais marcante e desagradável, manchando de carmesim, seus sentimentos de afeto para com seu mestre.


  Roland Ferews, a pessoa que mais lhe reconhecera em toda sua existência. Aron não estivera no momento exato de sua morte, mas sabia que Taylor fora o culpado. Desde então, ainda não o tinha confrontado. Roland era um segundo pai para Aron. Alguém que sempre pôde confiar em toda a sua estadia como Mago. Se não fosse por ele, não seria o que era hoje.




  O responsável pela morte dessas pessoas amadas estava diante do jovem Hauker. Essa era a chance que Aron tanto ansiava. Uma oportunidade de ficar cara a cara com o assassino para cumprir sua vingança.


- Você... Você... – Aron balbuciava com um ódio crescente em seu tom. -... foi você quem matou o mestre Roland! Seu próprio irmão!


- Eu sei. Foi difícil ver alguém familiar lutar contra meus ideais. Ele não me deixou escolha – disse o Mago Negro de um jeito impassível com sua voz segura e imponente.


- Você realmente não tem coração. Isso é imperdoável! – gritou o jovem, exasperado com a forma que o outro pronunciara palavras tão frias.


- Ele era o seu mestre, não era? – Taylor perguntou fitando a animosidade nos olhos do adolescente. Seus olhos se estreitaram sobre o mesmo. – Eu posso ver. Eu posso sentir. Há um ódio transbordante lhe envolvendo.

   O Mago Negro observava um panorama diferente da realidade. Na verdade, usava uma espécie de visão surreal que apenas os Magos possuíam. A capacidade de enxergar a Energia Maligna em qualquer nível e forma. Apenas em raras ocasiões, quando esta Energia atingia níveis bem altos, podia ser vista por olhos de outras raças. Porém, enxergar os planos mais sutis a olho nu era impossível para qualquer indivíduo, exceto para Magos.


   A visão de Taylor era totalmente cinzenta. A realidade parecia ter sido tingida de um cinza do mais claro ao mais escuro, dependendo das tonalidades das cores no mundo real. Todavia, na visão de Taylor; na silhueta cinzenta do jovem, centenas de partículas negras eram expelidas de seu corpo, dirigindo-se para o céu. Não estava mais olhando para a realidade, e sim, para um outro patamar da mesma. Aquela era a Energia Maligna que emanava do Mago Aron.


– Há uma Energia Maligna brotando de seu corpo, proveniente do ódio causado por mim – disse Taylor. – E ele vai ficando mais e mais forte conforme você me encara.


   Aron sabia que ele tinha razão. A presença daquele homem incitava ainda mais sua odiosidade, mesmo sabendo que era proibido sentir este sentimento de forma tão intensa por ser um Mago. Talvez fosse o lugar onde se localizava que o instigava a exalar o ódio guardado dentro de si. Suas mãos já se encontravam fechadas e tremendo de ansiedade. Queria partir para cima do inimigo e extravasar todo o seu sentimento maléfico. Não agüentava tamanha resignação com aquele homem a tão poucos metros de distância.


- Oh, parece que sua Energia Maligna extrapolou os limites para um Mago. Agora, está mais para os padrões de um Mago Negro, como eu - disse Taylor com um sorriso pretensioso, sondando o jovem de forma curiosa.


- Eu nunca serei como você! – replicou Aron. – Você... traiu a todos nós. Como pôde fazer isso!? Meu pai confiava em você!


- Você ainda não pode entender. É jovem demais e ainda não consegue ver o mundo sob os mesmos olhos que os meus. Mas talvez, um dia, você consiga perceber o quanto este mundo é sombrio.


- Do que você está falando? Não há desculpas para os erros e atrocidades que você cometeu – Aron ainda dizia com um ódio exasperado que brotava de uma profunda tristeza escondida em sua alma. – Isso... Isso não é certo. – Toda a dor causada pelas perdas no passado se amontoou em seu coração, fazendo-lhe derramar algumas lágrimas e apertar ainda mais os punhos cerrados. Em seguida, urrou aos prantos com uma notável aversão na voz. – QUE MOTIVOS VOCÊ TEM PARA MATAR AQUELES QUE TANTO AMEI? QUE MOTIVOS VOCÊ TEM PARA PERTURBAR A ORDEM DESTE MUNDO?


   Taylor riu de forma debochada.


- Ordem? Acha mesmo que a ordem deste mundo está ordenada? Tão ingênuo como sempre, Aron – disse ele num tom de escárnio.


- E você não passa de um egoísta tentando provar seus ideais ridículos. O que você fez nunca trará a verdadeira ordem a este mundo – retorquiu o jovem, ainda abespinhado. Boa parte de suas lágrimas já haviam caído, mas agora sua emoção parecia se prender ao ódio e a injustiça que via naquilo.


- O que fiz... – Taylor pronunciou indiferente, perante a expressão e os sentimentos do Mago adiante - ... foi o que devia ser feito. Infelizes são aqueles que perderam alguma coisa. Mas devem ser gratos... por cooperarem aos meus objetivos que visam o chamado “bem comum”.


   Aron estremeceu com aquelas palavras. Estava se segurando o máximo que podia para não avançar para cima do Mago Negro. Seus punhos vibravam de uma aflição incessante. Taylor delineou um sorriso afetado e continuou.


- Por causa das distorções deste mundo, é preciso que ele pague um preço para que a verdadeira ordem seja restabelecida. Tais preços são os sacrifícios, assim como Roland e Mirella.


   A frase dita pelo Mago Negro libertou toda a fúria do jovem para o seu movimento. Num ímpeto, Aron finalmente iniciou uma investida contra o inimigo.


- COMO PODE DIZER ALGO ASSIM!? – gritou o adolescente correndo a toda na direção de Taylor, querendo atacá-lo mais do que nunca. Ele até mesmo largou o seu cajado, fato que Taylor logo estranhou.


   Aron avançou com o punho já sendo erguido enquanto mirava o adversário. Taylor, por sua vez, permaneceu estático, mesmo com o garoto atirando-se até ele. Há poucos passos de ir ao encontro do inimigo, Aron deu um pequeno pulo, e carregou sua força no punho direito. Seu grito de fúria soou alto e claro durante a ofensiva.


   Taylor, como se não visse nada de mais naquele ato, apenas ergueu a mão esquerda e agarrou o punho do garoto que colidiu com sua palma. Mesmo com a força de impulso tomada pelo Mago, este teve seu avanço parado pelo simples retardo de sua mão. Seus pés se puseram novamente no chão, e Taylor continuou o fitando com o mesmo olhar austero de antes.


- Você não queria me derrotar com apenas um soco, queria? – Taylor perguntou com debique. – Se tivesse um pingo de racionalidade na sua vingança e no seu ódio, me atacaria usando o cajado com sua Energia Volaki, e não com um simples ataque físico facilmente defensível.


   Aron se exacerbou com o comentário sabendo que o outro tinha razão. Uma investida corpo a corpo não era a melhor forma de lutar para um Mago. Mas ele queria um contato físico, isso o faria sentir mais satisfação. Entretanto, conseguir tal acometimento corporal não era o seu real objetivo, mesmo querendo muito.


- Me subestimando como sempre, Taylor – falou o jovem com uma expressão séria de quem foi desprezado.


   Aron levantou sua mão esquerda, e a direcionou rapidamente para o rosto do inimigo. Mas ao mesmo tempo em que o jovem abriu a mão, jogou com a mesma, grãos amarronzados bem pequenos contra a face de Taylor.


- Tiro de Vento!


   Neste instante, uma forte e curta rajada de vento proveniente da mesma mão, arremessou os grãos agressivamente contra a face do Mago Negro, que não moveu um milímetro de seu corpo ao receber o ataque.


   A rajada fez explodir os grãos no rosto do oponente. Uma nuvem da mesma tonalidade dos grãos cobriu ambos os Magos. A explosão foi ensurdecedora e retumbante, já que Taylor recebera o ataque diretamente, e Aron estava próximo demais da explosão. Mas nada acontecera a face do jovem que esperava o contrário do semblante do inimigo.


   A nuvem de estouro se esvaneceu e Aron procurou divisar o cenho do outro. Então, o adolescente ficou estupefato ao notar que os olhos de Taylor continuavam fitando os seus. Ficou surpreso com a falha obtida. Esperava um dano considerável no rosto dele, mas o que conseguiu foi apenas um acanhado ferimento no flanco da testa por onde escorria um pequeno filete de sangue. O olhar de Taylor tornou-se intimidador para o garoto, que estava com sua boca entreaberta de tão chocado.


- Impossível – sibilou Aron.


- Não importa o quanto eu o subestime, Aron. Não fará diferença para um Mago de minha envergadura. Foi muito astuto em usar as Sementes Explosivas junto com a rajada. Você as tirou sutilmente de seu bolso da calça antes de me atacar. Eu nem mesmo percebi tal ato durante a nossa conversa. Agora entendo porque o meu filho foi derrotado. Você o deixou em um estado lastimável e inútil, e ele acabou se sacrificando no processo. Em outras palavras, posso dizer que você o matou.


   Aron passou a olhar seriamente para o Mago Negro, relembrando o momento em que lutara contra Blaize Ferews há alguns meses. Ele podia ver a semelhança daquele inimigo no rosto do pai: Taylor Ferews.


- Ele não valia nada assim como o pai – falou Aron, rispidamente.


- Tudo bem só você querer vingança? – perguntou Taylor com um sorriso afetado.


   O Mago Negro segurou firmemente o outro punho de Aron apertando-o de maneira forte e dolorosa. O jovem tentou se desvencilhar, mas suas duas mãos eram seguras pelo inimigo.


   Pouco depois, Taylor jogou o braço do Mago para o lado, e acometeu sua palma da mão direita no peito do oponente, ainda segurando a outra mão do mesmo. O choque foi intenso, e no mesmo instante, Taylor desprendeu a mão que prendia o garoto.


   Aron foi arremessado para trás e caiu de costas há dez metros do Mago Negro; seu corpo ainda foi se arrastando no chão, para enfim, estacionar ao lado do próprio cajado.


   O jovem Hauker gemeu um pouco, mas logo tratou de se aprumar. Recolheu o cajado esquecido no chão e voltou a encarar novamente o homem que lhe atacara. O assalto frontal não fora muito forte como pensou que seria. Passou a mão no peito, pouco sentindo alguma dor.


- Por sorte, eu não o culpo totalmente pela morte de Blaize já que o mesmo também teve culpa em sua teimosia – disse Taylor, com uma pausa enquanto o outro Mago terminava de se recompor. – Mas no seu caso, desista de sua vingança. Eles não voltarão para você se a fizer. E além disso, no momento, acho que você tem algo de maior importância para fazer, não? – inquiriu Taylor, fazendo Aron recordar-se de sua missão.


   O jovem abriu um pouco os olhos lembrando-se de sua responsabilidade naquele lugar. Em seu saco preso ao cinto, a relíquia piramidal ainda jazia esperando para ser usada pela pessoa certa.


– Você precisa levar algo a uma pessoa, não é? – A pergunta de Taylor fez o Mago adolescente focar sua atenção e preocupação no assunto.


- Você sabe sobre isso? – indagou Aron, com apreensão, mas encarando seriamente o inimigo, querendo não demonstrar qualquer tipo de medo.


- Esse objeto é a última esperança do mundo. Aquilo que pode deter o avanço do mal descontrolado e desordenado que assola a todos. É a bala para matar o Lorde da Destruição. E você está levando essa munição para a arma... Seu pai.


   No céu, várias luzes por entre as nuvens puderam ser vistas na cor azul. Elas eram emitidas de algum lugar próximo a eles. Acompanhando os flashes, também se ouvia barulhos de explosões que pareciam vir de alguma batalha não muito distante.


- Eles estão lutando aqui perto... – confirmou Taylor, fitando o firmamento negro acima dele, uma hora ou outra, sendo manchado por luzes frenéticas. – ... Zailon e o Lorde da Destruição.


- Você... não me pretende deixar passar, não é? – Aron perguntou vendo que o Mago Negro estava em seu caminho, um pouco a frente do desmoronamento de pedras que impedia a passagem na trilha do vale. Taylor voltou a fitá-lo.


- Eu poderia muito bem matá-lo aqui e acabar com toda a esperança do mundo, mas... – Aron ficou atento nas próximas palavras que sairiam da boca de Taylor . Este abriu seus lábios num sorriso malicioso, que escondia profundas intenções ambiciosas.


    A expressão afetada do Mago Negro se assomou e seduziu o jovem. Uma sensação estranha o rodeou e o sorriso de Taylor tornou-se indistinto.


- Não se esqueça. Você ainda tem uma missão a fazer – alertou Taylor, quebrando o significado das palavras previstas anteriormente.


   Aron pensou que ele diria outra coisa, e achou estranho ouvir tal fala. As luzes no céu e o som que as acompanhavam soaram mais alto que da última vez.


- E sugiro que se apresse – finalizou o Mago Negro, pondo-se novamente em seu pássaro anegrejado atrás dele.


   Quando o mesmo estava para alçar voo, o jovem correu até ele.


- Espere! – mas o garoto interrompeu sua corrida quando o vento ricochetado pelas asas acometeu seu rosto, forçando-o a pôr as mãos na frente. Ele então observou a imagem de Taylor indo embora sobre o pássaro. – Droga! O que ele veio fazer aqui realmente?


   Muitas perguntas reverbaram na mente do jovem. Encontrar aquela pessoa ali era uma grande ironia do destino. Ele jurou que se vingaria para matar o assassino de seu mestre Roland. Mas ao mesmo tempo, sabia que estava longe de ter a força necessária para este feito. Ainda assim, o que aquele encontro significou para ele e Taylor? Qual a finalidade daquele embate para o destino do jovem Hauker?


   Passado a tensão de estar na frente de um criminoso, Aron voltou-se a sua missão mencionada pelo mesmo. Sabia que não podia ficar ali parado, perdendo tempo diante de uma nova incógnita. Precisava entregar a pirâmide ao seu pai.


   As luzes da batalha fizeram novamente sua presença. O duelo mortal entre Zailon e Raizen se intensificava, e Aron tinha de alcançá-los antes que fosse tarde demais.

4 comentários:

Leonardo disse...

1°coments!!!
muito bom,mas....e a agulha do 1° capitulo?ela não era importante?taylor deixou aron passar,isso significa que taylor que impedir o avanço de raizen?o 4° capitulo será oyimo,acho.

Anônimo disse...

Bom capítulo, a tensão entre os personagens é colocada na medida certa.

Gilberto disse...

hum..
bem lembrado leonardo...
e a agulha do primeiro capítulo? além do mais, era isso que ele ia entregar originalmente não?

tenho uma suspeita sobre taylor...
pra mim, ele quer que aron cumpra sua missão, e ele possa tornar-se o próximo raizen... (eu acho)

adorei o capítulo, a tensão existente entre os dois personagens é bem retratada ali...

aguardando o próximo capítulo...

Luiz Fernando Teodosio disse...

Leonardo: Eh, eu acabei esquecendo um pouco da Agulha, mas devo mencioná-la nos capítulos seguintes. Entretanto, a pirâmide também é importante, talvez bem mais que a Agulha do Poder. Bom, de qualquer forma, mais à frente eu explicarei as diferenças entre ambas.

Fernando:Valeu por estar acompanhando. Eu fiquei preocupado com esse capítulo por causa dos diálogos abarrotados de muitas histórias passadas entre os personagens. E como estes mal foram inseridos na história fiquei com receio de que não ficasse bom. Ainda bem que achou o cap bom.

Gilberto A agulha era o que ele ia entregar originalmente sim, mas o fato é que nem mesmo Aron sabe qual é o poder da pirâmide. A agulha apenas daria um super poder para Zailon. Como mencionei antes, vou abortar este ponto nos caps seguintes.


Obrigado por lerem.